O Modelo Gerencial

 

Inspirados nos dois tipos de liderança definidos por Likert (liderança centrada na tarefa versus liderança centrada nos empragados), Blake e Mouton, em 1964, desenvolveram um modelo de análise comportamental dos líderes, conhecida por grelha gerencial e que, ainda hoje, é o modelo mais utilizado na formação de líderes. Segundo os autores, o gestor orienta a sua acção para dois aspectos fundamentais:

Ênfase na produção - Preocupação com os resultados dos esforços subordinados, isto é, com os resultados da tarefa.

Ênfase nas pessoas - Preocupação com as pessoas, sejam subordinados, colegas ou chefes. Há uma grande atenção para com as pessoas, atendendo às suas necessidades e às suas expectativas.

 

Como instrumento de avaliação dos estilos de liderança, os autores apresentam a "managerial grid", grelha gerencial ou grelha de gestão, que é uma tabela de dupla entrada, composta por dois eixos: o eixo vertical representa a "ênfase nas pessoas" e o eixo horizontal representa a "ênfase na produção". Os autores colocam nos principais pontos de interacção das duas ênfases (nos quatro cantos e no centro da grelha), os cinco principais estilos de liderança, identificados em função da orientação para a tarefa ou para o relacionamento:

 

 Os principais estilos de Liderança, segundo Blake e Mouton

 

Apesar do contributo extramamente válido das teorias sobre os estilos de liderança e da grande receptividade do modelo de Blake e Mouton este começou a ser questionado em termos da sua aplicabilidade à formação e seleção de cargos de chefia. Foram realizados vários estudos, entre os anos 60 e 80, que em vez de terem como preocupação a identificação das características genéricas e universalmente válidas do líder, centram as suas preocupações na análise do contexto em que é exercida a liderança. Surgem, assim, as teorias situacionais ou contigenciais da liderança.